O Banco da Amazônia começou 2025 com resultados expressivos, registrando lucro líquido de R$ 307,5 milhões no primeiro trimestre. O crescimento foi de 12,4% ante o último trimestre de 2024 e 48,7% sobre o mesmo período do ano anterior.
A performance reforça a efetividade do plano estratégico da instituição, com aumento no retorno sobre o patrimônio (ROE), que alcançou 19,6%. Esse desempenho está alinhado com a expansão da carteira de crédito e da diversificação das receitas.
O que você vai ler neste artigo:
Expansão da carteira de crédito e composição
No primeiro trimestre de 2025, a carteira de crédito total do Banco da Amazônia atingiu R$ 61,1 bilhões, representando alta de 10,1% na comparação com dezembro de 2024 e de 14,4% em relação a igual período do ano anterior. Um ponto de destaque é a evolução da carteira comercial, que cresceu 150,5% em doze meses.
Segundo Fábio Yassuda Maeda, diretor de Relações com Investidores do Basa, esse avanço é reflexo do programa de transformação digital e comercial do banco. Atualmente, o crédito comercial representa cerca de 10% da carteira, mas a meta é dobrar essa participação até o fim do ano.
Esse crescimento tem como base os próprios clientes da instituição, o que ajuda a manter o controle de risco. Conforme explicou Maeda, o banco utiliza crédito de fomento sempre que possível e, quando necessário, complementa com crédito comercial, preservando o conhecimento sobre o perfil do cliente e favorecendo a margem sem impactar fortemente na inadimplência.
Quer impactar quem entende de finanças?
Divulgue sua marca em um site focado em finanças, investimentos e poder de compra.
Qualidade da carteira e inadimplência sob controle
Apesar da expansão do crédito, a inadimplência subiu no trimestre, passando de 2,2% em dezembro de 2024 para 2,92% em março de 2025. Na comparação anual, a taxa também registrou uma alta, visto que em março de 2024 estava em 2,11%. Ainda assim, o índice permanece inferior à média do sistema financeiro nacional.
O aumento é atribuído, em parte, à introdução da Resolução 4.966 do Banco Central, que alterou critérios contábeis para provisão e baixa de ativos. Além disso, a conjuntura econômica menos favorável para o setor rural e alguns casos de recuperação judicial impactaram pontualmente a capacidade de pagamento de certos clientes.
Contudo, o banco está adotando medidas para conter esse avanço. A estratégia inclui um esforço mais intenso de cobrança e renegociação por meio de ações táticas em sua rede de atendimento, reforçando o pós-crédito com acompanhamento contínuo e programas de reestruturação de dívida.
Novas frentes de crescimento e diversificação de receitas
Buscando aumentar sua base de receitas fora do crédito tradicional, o Banco da Amazônia está ampliando seu portfólio de produtos e serviços. Dentre as novas ofertas estão cartões, serviços de adquirência, consórcios e seguros. A expectativa da instituição é gerar R$ 200 milhões em receitas a partir dessas iniciativas ainda em 2025.
Com uma base de 1,1 milhão de clientes (sendo 992 mil pessoas físicas e 86 mil jurídicas), o banco planeja alcançar a marca de 350 mil clientes nesses novos produtos. Esta é mais uma frente da estratégia de diversificação da receita, que visa reduzir a dependência das receitas com crédito e ampliar o relacionamento com os clientes.
O desempenho positivo no primeiro trimestre e os planos em execução mostram que o Banco da Amazônia consolida um movimento de expansão sustentável, com foco em ampliação de margem, rentabilidade e controle de riscos, acompanhando as melhores práticas do setor financeiro.
Leia também:
- Banco japonês inicia operação digital com apoio do Google
- Cancelamento de CNPJ: receita alerta sobre golpe no WhatsApp
- Entenda tudo sobre a falência do SVB Silicon Valley Bank
- FGC realiza leilão de créditos inadimplentes do Banco Rural
- J&F recompra Eldorado e encerra disputa judicial
- Justiça do Rio garante proteção à Invepar
- Maior descoberta de cobre em 30 anos inclui ouro e prata
- Maiores bancos dos EUA passam em teste do Fed