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Investidores acompanham acordos comerciais sob ameaça de tarifas de Trump

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Investidores acompanham acordos comerciais sob ameaça de tarifas de Trump — Investidores observam acordos comerciais com Trump, que ameaça tarifas de 70% e novas medidas contra políticas antiamericanas.

A agenda da semana começa sob tensão, com os mercados internacionais repercutindo declarações polêmicas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre novas tarifas. O republicano sinalizou a possibilidade de tributos extras que podem chegar a 70% para certos países.

As ameaças se somam ao prazo final de dois dias para a conclusão de importantes acordos comerciais, ampliando o clima de incerteza para os investidores globais.

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Pressão tarifária e incertezas nos mercados

As negociações comerciais lideradas por Trump voltaram ao centro das atenções após novas declarações no fim de semana. O presidente americano afirmou no domingo que os EUA estão perto de finalizar diversos acordos, mas não descartou a imposição de tarifas de até 70%, o que elevou os temores nos mercados.

Além disso, Trump ameaçou adicionar uma tarifa de 10% sobre países que, segundo ele, se alinham a “políticas antiamericanas do Brics”. A declaração reforçou a percepção de um retorno de medidas protecionistas, reacendendo a aversão ao risco entre investidores.

Essas declarações acontecem a poucos dias do vencimento do prazo para importantes tratativas tarifárias. O receio é de que aumentos abruptos possam impactar negativamente o comércio global, especialmente em setores ligados à indústria e exportações.

Na sexta-feira anterior, fontes da Casa Branca indicaram à Reuters que há otimismo quanto a um possível entendimento com a União Europeia. Apesar disso, ainda não há confirmação oficial de um acordo formalizado.

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Tensão local entre os poderes no Brasil

Enquanto os mercados globais enfrentam a volatilidade causada pelas movimentações de Trump, o cenário doméstico também concentra incertezas. O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o dia 15 de julho uma audiência de conciliação entre o Executivo e o Legislativo sobre a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A indicação do ministro Alexandre de Moraes busca reduzir o conflito institucional instaurado, que pode ter impacto fiscal relevante. Discussões como essa passam a ser observadas com mais atenção conforme se aproxima a corrida eleitoral de 2026.

Analistas apontam que a tensão entre o governo federal e o Congresso pode afetar a confiança e a previsibilidade do ambiente político. Dan Kawa, sócio da We Capital, ressaltou em sua rede social que a postura combativa do Executivo amplia os riscos para a eleição presidencial futura.

Esta instabilidade local, no entanto, tende a ser secundária no curto prazo. O comportamento dos ativos brasileiros segue, por ora, mais sensível à dinâmica externa e à expectativa por dados econômicos nacionais, como inflação e atividade dos setores de varejo e serviços.

Expectativas com dados econômicos e decisão do Fed

Além da pressão política, a semana reserva uma série de indicadores relevantes para o mercado. No Brasil, saem os números de inflação de junho, resultados do varejo e do setor de serviços. Nesta segunda-feira, os analistas acompanham com atenção a divulgação do Relatório Focus, diante de sucessivas revisões baixistas nas projeções para o dólar.

Nos Estados Unidos, está prevista para quarta-feira a publicação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed). O documento será avaliado em busca de pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária em relação aos juros.

Com a inflação ainda acima da meta, parte dos investidores não descarta uma postura mais cautelosa do Fed. Nesse cenário, as decisões internas são complementares ao risco representado pela retórica imprevisível dos Estados Unidos na arena global.

Impactos esperados nos ativos e fluxo de capital

O acirramento das tensões comerciais pode influenciar diretamente o fluxo de recursos para mercados emergentes. Ativos de risco costumam ser penalizados em momentos de incerteza, sobretudo quando somados a indicações de aperto monetário nos Estados Unidos.

Apesar disso, analistas monitoram sinais de reequilíbrio no câmbio brasileiro, com o real se fortalecendo levemente ante o dólar em função do aumento no ingresso de fluxo estrangeiro. Eventos como o possível acordo com a União Europeia podem destravar oportunidades de investimento e reduzir parte das pressões.

Já os ativos de renda variável tendem a oscilar conforme a percepção de risco externo se intensifica. Notícias sobre tarifas comerciais, dados de inflação e declarações do Fed devem compor o mapa que guiará os investidores ao longo da semana, enquanto o cenário fiscal e político brasileiro continua no radar.

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