Indicadores dos EUA e cenário brasileiro movimentam o mercado hoje

O mercado financeiro opera nesta quinta-feira com forte expectativa em torno de uma agenda carregada de dados econômicos nos Estados Unidos e no Brasil. Com os investidores atentos aos desdobramentos da política monetária americana e aos números do comércio, o dia promete volatilidade.

Além disso, os mercados monitoram o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que pode dar pistas sobre os próximos passos da taxa de juros nos EUA, especialmente após sinais recentes de alívio nas tensões globais.

Indicadores nos EUA guiam os mercados

A abertura do pregão global é balizada por uma ampla divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos, com destaque para:

  • Vendas no varejo
  • Índice de preços ao produtor (PPI)
  • Pedidos semanais de auxílio-desemprego
  • Produção industrial
  • Confiança das construtoras NAHB

Os números começaram a ser divulgados a partir das 9h30 (horário de Brasília) e trazem informações cruciais sobre o desempenho da economia americana, pressionando as expectativas em relação aos rumos da política monetária do Federal Reserve.

O discurso de Jerome Powell, agendado para às 9h40, ocorre logo após os primeiros resultados e tende a atrair atenção redobrada dos operadores. Qualquer indicação de postura mais dovish ou hawkish pode influenciar diretamente os juros futuros e os ativos de risco globais.

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Vendas no varejo do Brasil e conferência do BC

No cenário doméstico, o principal dado do dia é a divulgação das vendas no varejo de março, às 9h, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são fundamentais para avaliar o ritmo de consumo das famílias, indicador chave para o crescimento do PIB.

Além disso, prossegue nesta quinta o segundo dia da conferência anual do Banco Central. O evento, que reúne autoridades e especialistas do setor financeiro, pode trazer considerações relevantes sobre perspectivas econômicas e a condução da política monetária brasileira.

A expectativa é que discursos técnicos e projeções do BC ajudem a calibrar as apostas do mercado acerca de possíveis cortes adicionais na Selic ao longo do ano.

Impacto geopolítico e agenda internacional

Fora do eixo tradicional dos indicadores, os investidores acompanham ainda movimentos relevantes no cenário internacional. Um dos destaques do dia é a nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, que ocorre na Turquia. Qualquer evolução nesse tema pode provocar oscilações nos preços de commodities e nos ativos de países emergentes.

No fim do dia, às 16h, o Banco Central do México divulga sua decisão de política monetária, outra peça importante do quebra-cabeça para os emergentes. À noite, o Japão publica seu PIB preliminar do primeiro trimestre, oferecendo pistas sobre a saúde da terceira maior economia do mundo.

B3 em foco: Eletrobras e balanços corporativos

A bolsa brasileira também sente o impacto direto de empresas de peso. As atenções se concentram na Eletrobras, que apresentou forte queda no after market de Nova York após divulgar prejuízo relevante. A tendência é de que seus papéis sofram pressão adicional no pregão local.

Além disso, diversos balanços importantes estão programados para após o fechamento da B3. Entre as companhias que divulgam resultados hoje estão:

  • Banco do Brasil (BB)
  • BRF
  • Marfrig
  • Cosan
  • CPFL Energia
  • Cyrela

Esses balanços são analisados com lupa pelos investidores e podem impactar não apenas os papéis específicos, mas também o sentimento setorial e o índice Bovespa em geral.

Bolsas internacionais operam no vermelho

Na Ásia, os mercados fecharam em queda diante das incertezas globais e da expectativa quanto aos dados americanos. O índice japonês Nikkei 225recuou 0,98%, enquanto o sul-coreano Kospicaiu 0,73%. Em Hong Kong, o Hang Sengregistrou baixa de 0,82%, e o CSI 300, da China continental, recuou 0,87%. Um ponto fora da curva foi o S&P/ASX 200, da Austrália, com leve alta de 0,22%.

As praças europeias também operam pressionadas. O índice Stoxx 600cede 0,4%, acompanhado pelo CAC 40francês (-0,4%), enquanto FTSE 100e DAXrecuam 0,5%. A cautela diante dos resultados corporativos e dos dados mistos ajuda a justificar o movimento negativo.

Nos Estados Unidos, os contratos futuros também apresentam queda. Por volta das 8h25, os futuros do S&P 500recuavam 0,5%; os do Nasdaq 100, 0,7%; e os do Dow Jones, 0,3%.

Com tantos eventos relevantes programados para esta quinta-feira, o dia promete ser movimentado e decisivo para calibrar expectativas de curto prazo no mercado global e local.

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