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Impacto do igp-10 e fusão Marfrig-BRF no mercado

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Impacto do igp-10 e fusão Marfrig-BRF no mercado — Mercados monitoram IGP-10, balanços corporativos e fusão Marfrig-BRF, além de indicadores econômicos dos EUA e Europa.

Os investidores acompanham um conjunto relevante de indicadores econômicos e eventos corporativos nesta sexta-feira (16), influenciando as bolsas globais. No Brasil, dados de inflação e projeções fiscais aumentam o foco nas diretrizes do governo.

Nos Estados Unidos, o mercado avalia os sinais da economia após dados fracos de vendas e inflação, enquanto expectativas sobre os juros ganham força com novos números sobre o sentimento do consumidor.

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Indicadores econômicos no Brasil

O calendário brasileiro trouxe pela manhã o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de maio, que contribui para medir pressões inflacionárias no atacado. Junto a ele, foi divulgada a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), ambos da Fundação Getulio Vargas (FGV). Esses indicadores ampliam a visão sobre o comportamento dos preços e têm impacto direto nas expectativas para a política monetária.

Outro ponto relevante foi a publicação do boletim Prisma Fiscal, do Ministério da Fazenda. Esse relatório mensal reúne estimativas de mercado sobre as contas públicas e serve como termômetro sobre a confiança do setor financeiro nas políticas do governo. Em um momento de questionamentos em relação ao compromisso fiscal da atual gestão, qualquer sinal de deterioração ou revisão nas projeções pode pressionar o cenário macroeconômico.

Ainda nesta manhã, tem continuidade a conferência anual do Banco Central, que encerra hoje com a presença de autoridades monetárias e especialistas. O foco está nas falas relacionadas às perspectivas de inflação e possíveis ajustes na taxa Selic ao longo do segundo semestre.

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Fusão entre Marfrig e BRF impacta mercado

Na esfera corporativa, os investidores repercutem a consolidação entre as gigantes Marfrig e BRF. Após meses de negociações, a Marfrig confirmou que a BRF passa a ser oficialmente sua subsidiária. A operação foi acompanhada do anúncio de um superdividendo de R$ 6 bilhões, que chamou atenção do mercado financeiro.

No entanto, as ações da BRF listadas na Bolsa de Nova York caíram 6,9% no after market, sinalizando uma reação cautelosa dos investidores internacionais. A reestruturação reacende o debate sobre concentração de mercado no setor de alimentos e sobre os planos de sinergia entre as duas empresas. A combinação dos negócios pode gerar ganhos operacionais, mas também acarreta desafios regulatórios e de governança.

Esse movimento ocorre em um momento de maior atenção ao setor de proteína animal, especialmente diante dos impactos da inflação de alimentos, mudanças no consumo global e barreiras comerciais em alguns mercados estratégicos.

Dados econômicos dos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, o foco se volta para a divulgação do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan às 11h (horário de Brasília). A expectativa é de avanço para 53,4 pontos, impulsionado por um alívio na guerra tarifária entre EUA e China.

Esse indicador é relevante porque mede a confiança dos consumidores norte-americanos em relação à economia, mercado de trabalho e inflação, afetando decisões de consumo e investimentos. De forma adicional, o mesmo relatório trará as projeções de inflação para o horizonte de dois e cinco anos. No mês anterior, essas expectativas dispararam para 6,5% e 4,4%, respectivamente, refletindo o impacto das tarifas comerciais.

Mais cedo, às 9h30, serão divulgados os dados de construções de moradias iniciadas em abril, setor que também vem sendo observado de perto após sinais de desaceleração econômica. Na quinta-feira anterior, os investidores já haviam reagido a números fracos de vendas no varejo e queda no Índice de Preços ao Produtor (PPI), reforçando apostas em cortes de juros por parte do Federal Reserve.

Expectativas para política monetária dos EUA

Esses dados alimentam o debate sobre os próximos passos do Fed. O mercado projeta a possibilidade de até dois cortes na taxa de juros até o final de 2024, caso a trajetória de desaceleração econômica se confirme. Nesta sexta-feira, discursos de dois dirigentes da autoridade monetária americana – Tom Barkin, às 19h, e Mary Daly, às 22h40 – podem trazer mais indícios sobre a visão interna do Fed.

Além disso, ainda nesta tarde, a Baker Hughes divulgará o número de poços e plataformas de petróleo em operação. Apesar de não ser um dado macroeconômico central, esse indicador pode influenciar os preços da commodity e, em consequência, os ativos relacionados ao setor energético.

Bolsas internacionais e cenário externo

Nos mercados internacionais, os índices asiáticos encerraram o pregão mistos. Enquanto o Nikkei 225 do Japão terminou estável, o Topix subiu 0,05%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,21%, mas o Kosdaq caiu 1,11%. China e Hong Kong registraram baixas com o CSI 300 caindo 0,46% e o Hang Seng cedendo 0,43%. Em contrapartida, a bolsa australiana subiu 0,56%.

Na Europa, o tom é positivo nesta manhã. O índice Stoxx 600 operava com alta de 0,7%, enquanto o FTSE 100 (Londres), o CAC 40 (Paris) e o DAX (Alemanha) avançavam entre 0,69% e 0,76%. No radar europeu, o superávit comercial recorde de 27,9 bilhões de euros da zona do euro chamou atenção, somando-se aos bons resultados corporativos e sustentando o otimismo nas bolsas.

Nos Estados Unidos, os futuros das principais bolsas também operam em alta, embasados nos dados de inflação abaixo das expectativas e na trégua tarifária. Por volta das 7h30, os índices futuros do Dow Jones subiam 0,3%, enquanto S&P 500 e Nasdaq 100 registravam alta de 0,2%. O apetite por risco segue elevado à medida que o cenário indica uma política monetária menos agressiva à frente.

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