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Impacto das tarifas de Trump nos mercados e serviços no Brasil

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Impacto das tarifas de Trump nos mercados e serviços no Brasil — Tarifas de Trump e dados de serviços no Brasil pressionam mercados. Veja as mudanças nos futuros do S&P e Nasdaq.

O ambiente financeiro global amanheceu sob cautela após novas investidas comerciais do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Com promessas de tarifas elevadas sobre produtos do Canadá e do Brasil, os mercados operam com instabilidade.

No Brasil, o volume de serviços prestados em maio também ganha destaque na agenda do dia, sendo observado de perto por investidores atentos à recuperação econômica.

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Reação dos mercados a novas tarifas dos EUA

O anúncio de tarifas adicionais de 35% sobre produtos canadenses a partir de 1º de agosto de 2025 provocou recuo nos mercados futuros americanos nesta sexta-feira. O sentimento de aversão ao risco ampliou-se com a expectativa de imposição de tarifas de 50% a produtos brasileiros. Embora analistas financeiros mostrem ceticismo quanto à efetiva implementação das medidas, o ruído político é suficiente para desencadear movimentos defensivos entre investidores.

Por volta das 8h, os futuros do S&P 500 e Nasdaq operavam em queda de 0,70% e 0,63%, respectivamente. O índice do dólar (DXY), que mede a força da moeda americana ante uma cesta de seis divisas, avançava 0,09%, aos 97,74 pontos — uma tendência típica em momentos de incerteza geopolítica e comercial.

Trump divulgou uma carta oficial destinada ao primeiro-ministro canadense Mark Carney, reforçando a imposição de tarifas adicionais — que se sobrepõem aos 25% já vigentes para diversos setores. Com a União Europeia também sob expectativa de um possível movimento tarifário similar, o foco volta-se aos desdobramentos da política comercial americana.

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Impactos sobre o Brasil e postura do governo

No caso brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “inadmissível” a carta enviada por Trump, sinalizando que o governo prepara uma resposta ponderada. A estratégia atual é buscar uma solução diplomática e recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), evitando retaliações imediatas que possam prejudicar a indústria nacional.

Fontes ouvidas pelo jornal Valor relatam que o governo estuda possibilidades de reciprocidade, principalmente em áreas como propriedade intelectual, o que incluiria revisão de patentes de medicamentos e direitos culturais. No entanto, qualquer decisão será considerada apenas após o prazo estipulado por Trump entrar em vigor, reforçando um comportamento de cautela institucional.

Na sessão de ontem, os investidores nacionais reagiram de forma moderada à notícia. O dólar à vista encerrou em alta de 0,72%, cotado a R$ 5,5426, embora tenha atingido a máxima de R$ 5,6213 durante o dia. O Ibovespa caiu 0,54%, aos 136.743 pontos, demonstrando certo alívio após forte correção inicial.

Expectativas em torno do volume de serviços

A divulgação do volume de serviços prestados em maio no Brasil entra no radar do mercado doméstico nesta sexta-feira. De acordo com analistas consultados pelo Valor Data, a expectativa é de um avanço de 0,2% na comparação com abril. O dado é relevante por ser um termômetro importante da atividade econômica brasileira, sobretudo pelo peso que o setor de serviços tem no Produto Interno Bruto (PIB).

Caso o resultado venha acima do esperado, pode oferecer algum suporte aos ativos locais, minimizando impactos negativos vindos do cenário internacional. Contudo, o grau de influência dessa divulgação tende a ser limitado frente à magnitude das tensões comerciais entre os Estados Unidos e os parceiros estratégicos.

No contexto atual, dados internos positivos funcionam apenas como um contrapeso às pressões externas, reforçando a importância do equilíbrio fiscal e da previsibilidade política frente a um ambiente externo mais adverso.

Perspectivas para as próximas semanas

Com a aproximação do dia 1º de agosto, data estipulada para o início das tarifas americanas, os mercados deverão seguir atentos a sinais vindos da Casa Branca e a possíveis acenos diplomáticos por parte do Canadá, Brasil e União Europeia. A expectativa é que, até lá, as atenções se mantenham voltadas para negociações multilaterais ou eventuais acordos paralelos que minimizem os danos econômicos.

Enquanto não há clareza sobre a efetividade das ameaças comerciais, os ativos globais operam com volatilidade. Para o investidor, o momento exige análise minuciosa e diversificação cuidadosa, diante de uma conjuntura guiada mais por riscos políticos do que por fundamentos econômicos de curto prazo.

Com isso, a manhã no mercado reflete um cenário de tensão, porém com espaço para soluções diplomáticas que podem suavizar os reflexos econômicos esperados nos próximos meses.

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