O Ibovespa intensificou as perdas no pregão desta terça-feira, pressionado pelo forte recuo nas ações da Petrobras. A queda global dos preços do petróleo contribuiu para esse movimento, atingindo os papéis das petroleiras no Brasil.
Ao mesmo tempo, o dólar apresentou leve recuo frente ao real, refletindo movimentos de ajustes no cenário externo e certa cautela com o risco doméstico.
O que você vai ler neste artigo:
Queda do petróleo impacta Petrobras
A cotação do barril de petróleo operou em forte baixa nos mercados internacionais, arrastando os papéis da Petrobras, que têm peso relevante na composição do Ibovespa. O Brent, referência para o petróleo internacional, chegou a recuar mais de 3%, voltando aos patamares próximos de US$ 81 por barril. Entre os motivos da queda estão:
- A perspectiva de demanda global mais fraca
- Estoques elevados nos Estados Unidos
- Sinais de desaceleração econômica na China
As ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3) da Petrobras despencaram mais de 4% durante o dia, pressionando não apenas o índice, mas também o humor de setores correlacionados, como energia e commodities.
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Sensibilidade do Ibovespa com buscas por segurança
A bolsa brasileira fechou em queda acelerada por volta das 15h, ampliando perdas em sincronia com o declínio das ações de grandes empresas exportadoras e ligadas a commodities. A percepção de risco global aumentou nas últimas sessões, gerando mudanças táticas nos portfólios de investidores estrangeiros.
Além da Petrobras, empresas como 3R Petroleum (RRRP3) e PetroRio (PRIO3) caíram mais de 5%, refletindo a mesma fragilidade do setor energético.
Dólar recua com cautela externa
A moeda norte-americana caiu frente ao real e outras moedas de países emergentes. Mesmo com a tendência de busca por segurança global, algum alívio nos juros futuros dos Estados Unidos e a maior instabilidade no preço do petróleo influenciaram o comportamento do dólar no Brasil.
A divisa fechou próxima dos R$ 5,35, em baixa de mais de 0,4% na sessão, acompanhando a valorização do real diante do diferencial de juros doméstico ainda elevado. Contudo, o mercado segue acompanhando com atenção o cenário político e econômico nacional, pesando o risco fiscal e a contenção das despesas públicas.
Perspectivas para os próximos dias
Analistas avaliam que a tendência para o Ibovespa segue instável, pautada por fatores externos e pelo desempenho de blue chips, como Petrobras e Vale. Um novo recuo do petróleo pode continuar pressionando o índice, ao passo que o comportamento do dólar dependerá de novas sinalizações do Federal Reserve e do Banco Central brasileiro.
Enquanto isso, sinais de desaceleração econômica na Europa e nos Estados Unidos, além da recuperação ainda fraca da China, podem manter a volatilidade nos mercados, impactando diretamente ações ligadas a recursos naturais e produtos básicos exportados pelo Brasil.
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