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Dólar sobe antes das decisões do Copom e Fed

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Dólar sobe antes das decisões do Copom e Fed — Dólar registra alta com expectativa pelas decisões de Copom e Fed, enquanto Ibovespa mantém estabilidade no mercado financeiro.

O dólar encerrou o pregão desta terça-feira (18) em alta frente ao real, refletindo um clima de cautela dos investidores antes das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Já o Ibovespa manteve-se praticamente estável, com volume mais contido e atenção voltada ao cenário externo.

A moeda americana subiu em meio à expectativa sobre os rumos dos juros, tanto no cenário doméstico quanto no internacional. O Copom e o Fed anunciam suas decisões nesta quarta-feira (19), o que tende a gerar maior volatilidade nos mercados.

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Expectativa pelas decisões de juros

Os investidores monitoram com atenção os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro, que deve manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, segundo projeções majoritárias do mercado. A sinalização recente dada pela autoridade monetária gerou dúvidas sobre a continuidade do ciclo de cortes.

Do lado americano, o Federal Reserve (Fed) também deve manter os juros inalterados, mas o foco estará na coletiva do presidente Jerome Powell e nas projeções econômicas que serão divulgadas. O tom da comunicação poderá indicar mudanças no ritmo de cortes previstos para o fim de 2024.

Essas definições sobre política monetária impactam diretamente a cotação do dólar e as movimentações no mercado de renda variável. Por isso, a véspera das reuniões se caracteriza por menor apetite ao risco por parte dos operadores.

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Dólar sobe com menor apetite ao risco

Em um dia de liquidez reduzida, o dólar comercial subiu 0,77% e fechou cotado a R$ 5,41. A valorização acompanhou o movimento de fortalecimento internacional da moeda americana, que ganhou força frente a outras divisas emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

Entre os fatores que impulsionaram a moeda norte-americana está a expectativa de uma postura mais conservadora por parte do Fed. Além disso, a instabilidade política e fiscal no Brasil segue no radar, o que contribui para a fuga de capital estrangeiro em busca de ativos considerados mais seguros.

A curva de juros futuros também subiu, refletindo percepção de maior risco e projeções de inflação mais elevadas. Esse cenário reforça a pressão compradora sobre o dólar à vista.

Ibovespa opera sem direção definida

O principal índice da Bolsa brasileira oscilou entre leves perdas e ganhos ao longo da sessão e terminou praticamente estável, com variação de +0,04%, aos 119.200 pontos. Com menor participação estrangeira, o giro financeiro ficou abaixo de R$ 20 bilhões, indicando postura defensiva dos agentes.

Entre os destaques positivos estiveram ações de empresas exportadoras, como Vale e Suzano, beneficiadas pelo dólar mais forte. Já bancos e varejistas recuaram, pressionados pelas incertezas locais e expectativa de juros elevados por mais tempo.

A cautela generalizada também se refletiu nos mercados americanos. As bolsas de Nova York fecharam em leve queda, dentro de um movimento de ajuste antes da decisão do Fed, como mostram dados da Nasdaq e da S&P 500.

Perspectivas para os próximos dias

O comportamento do câmbio e da Bolsa deve seguir atrelado às sinalizações dadas pelos bancos centrais nas próximas horas. O mercado local quer clareza sobre qual será a direção da Selic na segunda metade do ano, enquanto o cenário externo pode ganhar volatilidade com a postura do Fed.

Caso o BC brasileiro adote uma postura conservadora, sugerindo fim do ciclo de cortes imediatos, isso pode dar suporte ao real a curto prazo, mas também represar o crescimento da economia. Já se o Fed confirmar um possível atraso nos cortes nos EUA, as moedas emergentes tendem a perder força.

Portanto, o equilíbrio de forças entre os dois bancos centrais será determinante para os rumos do dólar e da Bolsa nas próximas sessões. Enquanto isso, o investidor permanece em compasso de espera, ajustando as carteiras com cautela.

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