O dólar iniciou a sessão em queda frente ao real, acompanhando a cautela internacional e os sinais políticos domésticos. A divisa americana reflete, em parte, o ambiente mais positivo dos mercados emergentes e questões internas ligadas à condução da política fiscal.
Enquanto isso, o Ibovespa oscila próximo à estabilidade. Investidores avaliam os desdobramentos no campo político, especialmente os dados relacionados à popularidade do governo, que vêm sendo acompanhados com atenção pelo mercado.
O que você vai ler neste artigo:
Dólar se afasta das máximas recentes
A cotação do dólar vem reagindo a um cenário externo mais favorável a moedas de países emergentes. A percepção de que o Federal Reserve pode manter os juros estáveis por mais tempo, após sinais de desaquecimento da economia americana, contribui para a valorização do real. Além disso, o fluxo positivo de exportadores e maior apetite ao risco global também pressionam a moeda americana para baixo.
No cenário interno, a trajetória fiscal segue sendo motivo de atenção. A recente melhora nos preços das commodities brasileiras também sustentou um movimento de valorização do real. Com isso, a moeda americana recuava mais de 0,40% por volta do fim da manhã, sendo negociada abaixo de R$ 5,30.
Quer impactar quem entende de finanças?
Divulgue sua marca em um site focado em finanças, investimentos e poder de compra.
Ibovespa sofre pressão de ambos os lados
O principal índice da B3 iniciou o dia sem direção clara. Enquanto algumas ações de peso seguram o índice perto do zero a zero, outras refletem a expectativa negativa dos agentes financeiros em relação ao ambiente político.
Apesar da instabilidade, setores ligados ao varejo e à construção civil mostravam desempenho levemente positivo, impulsionados por uma menor percepção de risco e possível corte da taxa Selic nos próximos meses. Já empresas exportadoras sentiam os efeitos do dólar mais fraco, o que limitava ganhos mais amplos no índice.
Investidores também monitoram a temporada de balanços do segundo trimestre, além de ajustes técnicos em carteiras e movimentações institucionais junto aos fundos estrangeiros.
Popularidade do governo entra no radar
Um dos fatores que ganhou relevância nos últimos dias é o resultado de pesquisas de opinião apontando oscilação na popularidade do governo federal. A aprovação do presidente Lula é observada de perto por analistas e investidores, uma vez que influencia diretamente a governabilidade e a capacidade de avanço das agendas no Congresso.
Pesquisas mais recentes indicam estabilidade ou leve recuo nos índices de aprovação, o que aumenta o foco na articulação política do Executivo junto ao Legislativo. Movimentos nesse sentido podem refletir na precificação dos ativos, sobretudo títulos públicos, ações de estatais e o próprio comportamento do câmbio.
Expectativas para os próximos dias
Para os próximos pregões, o mercado financeiro deverá continuar sensível às notícias relacionadas à política fiscal e à condução econômica do governo. Além disso, o andamento de reformas e projetos estratégicos — como o novo arcabouço fiscal e a tributária — seguem entre os principais pontos de atenção.
Fatores externos também devem influenciar os negócios, principalmente indicadores econômicos dos Estados Unidos e da China, além de decisões de bancos centrais ao redor do mundo. A postura mais cautelosa dos investidores reflete esse ambiente incerto.
Mesmo diante das tensões políticas, o Brasil ainda se beneficia de fundamentos sólidos, como superávit na balança comercial, taxa de juros real elevada e maior atratividade frente a outras economias emergentes. Esses elementos ajudam a manter alguma estabilidade no câmbio e no índice Ibovespa.
Leia também:
- Acordo entre EUA e China impulsiona mercados globais
- Apple valoriza US$ 180 bilhões após trégua comercial EUA-China
- Ata do Copom e inflação dos EUA movimentam mercados hoje
- Ataque dos EUA ao Irã eleva preços do petróleo
- Bolsas asiáticas encerram em alta com destaque para ação da CATL
- Bolsas asiáticas encerram pregão sem direção definida
- Bolsas asiáticas fecham em queda com tensões comerciais
- Bolsas da Ásia fecham em alta após decisões do Fed