As ações da Apple registraram um crescimento expressivo depois do anúncio de uma trégua comercial entre Estados Unidos e China. O acordo trouxe otimismo ao mercado e impulsionou o valor de mercado da gigante de tecnologia.
A Apple viu sua capitalização saltar em US$ 180 bilhões, superando a marca dos US$ 3 trilhões. O alívio tarifário reduziu pressões sobre os custos de produção, beneficiando empresas com operações intensas na Ásia.
O que você vai ler neste artigo:
Repercussões imediatas no mercado
Com o anúncio da trégua, as ações da Apple (AAPL) dispararam mais de 6% em um único dia, refletindo a reação positiva dos investidores. A capitalização de mercado da companhia atingiu cerca de US$ 3,15 trilhões, e a valorização representou um acréscimo de US$ 180 bilhõesao valor da empresa.
Além da Apple, outras big techs também foram impactadas positivamente. A Amazon, por exemplo, teve alta de 8,07%. O índice S&P 500acompanhou essa movimentação e teve valorização de 3,26%, puxado sobretudo pela performance do setor de tecnologia.
Esse movimento foi visto como uma resposta direta ao anúncio feito por Estados Unidos e China sobre a suspensão temporária das tarifas, o que renovou o otimismo dos investidores em relação ao equilíbrio comercial global e à estabilidade das cadeias produtivas.
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Como a Apple foi afetada pela guerra comercial
Durante anos, a Apple teve sua estrutura de custos fortemente impactada pelas tarifas impostas durante a disputa comercial sino-americana. Produtos como iPhones, iPadse Apple Watches, cuja produção se concentra majoritariamente na China, foram diretamente atingidos pelas taxas sobre importações.
Estudos anteriores apontaram que tais tarifas poderiam reduzir em até 7% os lucrosda companhia, significando uma potencial perda de US$ 8,5 bilhõesaté 2026. As margens foram comprimidas, e a companhia chegou a considerar repasses aos preços finais, embora tenha tentado evitar esse caminho.
Mesmo com o novo acordo, a Apple continuará sujeita a algumas tarifas. Componentes produzidos na China ainda enfrentam taxação de até 30%, e há uma incidência de 10%sobre itens montados em países como Índiae Vietnã. Isso mostra que, embora a trégua tenha oferecido alívio relevante, o cenário ainda exige cautela e adaptação da empresa.
Reação dos líderes políticos
Durante entrevista no Salão Oval, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou a importância do pacto com a China e citou diretamente a Apple como um exemplo de empresa favorecida pela retomada do diálogo.
Trump declarou que a China sofrera impactos significativos devido às tarifas e que o país se mostrava disposto a encontrar alternativas negociadas. O presidente ainda revelou ter conversado com o CEO da Apple, Tim Cook, que se comprometeu a investir até US$ 500 bilhõespara expandir capacidades produtivas em solo americano.
Segundo Trump, esse compromisso envolveria o aumento da produção e a construção de novas fábricas nos Estados Unidos. No entanto, analistas alertaram que tal transição produtiva será gradual e poderá resultar em custos mais elevados no curto prazo.
Perspectivas futuras para a Apple
Com a expectativa de avanço nas negociações comerciais entre EUA e China, investidores demonstram otimismo com o desempenho das empresas de tecnologia. Para a Apple, esse cenário oferece mais previsibilidade em sua cadeia de suprimentos e a possibilidade de manter preços competitivos em seus produtos.
Apesar das tarifas remanescentes, a trégua tarifária reduziu significativamente a pressão sobre os custos da companhia. Observadores do mercado apontam que a empresa poderá focar em novas estratégias de diversificação da cadeia produtiva, especialmente em países como Índia e Vietnã — alternativa já em desenvolvimento nos últimos anos.
Há ainda expectativa sobre como a Apple concretizará os compromissos assumidos com o governo dos EUA, especialmente no que diz respeito ao investimento multibilionário que poderia beneficiar diretamente a economia americana.
O mercado, por ora, segue em clima de confiança, impulsionado não apenas pela trégua comercial, mas também pelas excelentes projeções de desempenho das gigantes tecnológicas, com a Apple novamente liderando esse movimento.
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