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Aura Minerals planeja IPO nos EUA em breve

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Aura Minerals planeja IPO nos EUA em breve — Mineradora de ouro brasileira, Aura Minerals, se prepara para IPO nos EUA na próxima semana, visando expansão global.

A Aura Minerals está se preparando para um novo passo estratégico no mercado internacional. A empresa planeja realizar uma oferta pública inicial (IPO) nos Estados Unidos já na próxima segunda-feira, segundo fontes próximas às negociações.

Com o objetivo de captar aproximadamente US$ 300 milhões, a operação faz parte da estratégia da companhia para reforçar sua presença global e financiar novos projetos de mineração.

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Oferta pública nos Estados Unidos

A decisão de lançar o IPO nos EUA marca um movimento relevante da Aura Minerals para ampliar seu acesso a investidores internacionais. Segundo fontes ligadas ao processo, a listagem ocorrerá na Bolsa de Nova York (NYSE), sendo conduzida por instituições financeiras de grande porte, como o Bank of America, Goldman Sachs e BTG Pactual. O processo está em estágio avançado e deve ocorrer logo após o encerramento da janela de silêncio regulatória da empresa.

A escolha do mercado norte-americano para a emissão de ações não é por acaso. Os Estados Unidos concentram uma das maiores bases de investidores voltados ao setor de mineração, o que pode proporcionar maior liquidez aos papéis da companhia e uma valorização mais expressiva da empresa no médio prazo.

Além disso, a listagem também reforça o posicionamento da Aura Minerals como uma mineradora de perfil internacional. Embora tenha sede nas Ilhas Virgens Britânicas, a empresa possui operações em países como Brasil, Honduras, Colômbia e México, com foco principalmente na exploração e produção de ouro.

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Captação de recursos e expansão

A previsão de captar cerca de US$ 300 milhõespor meio do IPO visa fortalecer o caixa da companhia em um momento de expansão. A Aura Minerals tem anunciado nos últimos trimestres a intenção de ampliar sua capacidade operacional e investir em novos ativos minerais, sobretudo nas Américas.

Parte dos recursos deverá ser direcionada para o projeto Borborema, no Rio Grande do Norte, além de otimizações nas minas já existentes, como as operações da Apoena, em Mato Grosso. A planta da Apoena, inclusive, tem se mostrado uma das mais produtivas da empresa nos últimos balanços.

Outro destino provável para o dinheiro captado será o pagamento de dívidas e o reforço do capital de giro, garantindo à Aura maior flexibilidade financeira para enfrentar oscilações no mercado de metais e alavancar sua rentabilidade.

Estratégia de valorização e participação

Com ações atualmente negociadas na B3 sob o ticker AURA33, a empresa pretende manter o programa de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) mesmo após a listagem nos EUA, permitindo que investidores brasileiros continuem com acesso aos papéis.

Essa dualidade de estrutura — ações nos EUA e BDRs no Brasil — segue uma tendência já adotada por outras companhias com forte presença regional e ambição global. A expectativa é que a listagem na NYSE contribua para uma revalorização das ações da mineradora e atraia fundos institucionais que antes estavam limitados ao mercado local.

Conforme fontes ligadas ao mercado, o valuation da empresa para a operação está sendo trabalhado na faixa de múltiplos compatíveis com mineradoras de porte médio com foco em ouro, o que pode significar uma precificação competitiva. A fase de precificação será fundamental para o sucesso da operação, uma vez que o cenário internacional ainda apresenta volatilidade devido às incertezas econômicas e geopolíticas.

Contexto do mercado e perspectivas

A decisão da Aura Minerals ocorre em um momento de preços elevados do ouro no mercado internacional, fator que tende a favorecer empresas do setor. A commodity atingiu níveis superiores a US$ 2.300 a onçanos últimos meses, impulsionada pela volatilidade global, inflação persistente em vários países desenvolvidos e tensões geopolíticas.

O IPO nos EUA vêm sendo uma alternativa adotada por outras empresas de capital brasileiro ou com atuação relevante na América Latina, buscando diversificar sua base de acionistas e ganhar reconhecimento internacional. Contudo, os investidores também estão mais criteriosos, exigindo governança robusta, planos sólidos de crescimento e histórico financeiro consistente — aspectos com os quais a Aura tem se comprometido em suas últimas apresentações públicas.

Ainda que o IPO esteja sujeito a fatores exógenos que possam impactar o cronograma — como alterações nas condições de mercado — fontes próximas sinalizam que os trâmites estão em linha com o esperado, e que a confirmação pode ser oficializada já na abertura da próxima semana.

Dessa maneira, caso os planos se concretizem, a listagem marcará mais um passo do crescimento acelerado da Aura Minerals no cenário global.

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