Banco do Nordeste lança novo programa de desligamento voluntário

O Banco do Nordeste aprovou um novo Programa de Desligamento Voluntário (PDV) com foco em reduzir despesas operacionais e reestruturar seu quadro de pessoal. A medida está limitada a 400 adesões, com orçamento de até R$ 164,54 milhões.

A iniciativa contempla colaboradores com longo tempo de serviço e histórico específico dentro da instituição. O prazo para adesão foi definido até 19 de setembro, conforme critérios previamente estabelecidos pelo banco.

Critérios para adesão ao programa

O programa é direcionado a um público específico de funcionários da instituição, priorizando perfis com maior tempo de vínculo empregatício e com cargos considerados em extinção. Entre os requisitos para participação, destacam-se:

  • Ter idade inferior a 75 anos;
  • Possuir mínimo de 20 anos de casa;
  • Estar vinculado a cargos ou planos de cargos em extinção;
  • Ter histórico de afastamento por questões de saúde;
  • Para as mulheres, apresentar tempo de serviço superior a 30 anos;
  • Para os homens, tempo de serviço superior a 35 anos.

Esses critérios refletem um esforço de segmentação estratégica, buscando atingir um público com maior impacto orçamentário e menor expectativa de permanência de longo prazo na organização.

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Limite de adesões e orçamento

O Banco do Nordeste estipulou que o PDV aceitará até 400 empregados, respeitando o teto de R$ 164,54 milhõespara cobrir os benefícios envolvidos nos desligamentos. Isso inclui valores como indenizações, pacotes de incentivo e encargos legais.

A gestão desse orçamento será criteriosa, já que o montante equivale a uma média aproximada de R$ 411 mil por funcionário. No entanto, o banco não detalhou individualmente a fórmula de cálculo dos valores que serão pagos a cada aderente.

Objetivos da reestruturação

Segundo o comunicado oficial do BNB, o plano visa promover um ajuste na força de trabalho, alinhando o quadro de pessoal às necessidades atuais da instituição. A estratégia inclui modernização administrativa, racionalização de processos e foco no equilíbrio fiscal.

Além disso, o banco reforça que a medida é parte de um conjunto de ações voltadas à sustentabilidade financeira de longo prazo, especialmente diante das transformações digitais e operacionais enfrentadas pelo setor bancário.

Impactos esperados

A aplicação do PDV pode trazer reflexos importantes na rotina do banco, especialmente na redistribuição das demandas internas, treinamento de profissionais remanescentes e eventual reposição de competências estratégicas por meio de realocações internas ou concursos futuros.

Entre os possíveis impactos positivos, destacam-se:

  • Redução de encargos trabalhistas e previdenciários;
  • Abertura de espaço para reestruturação de equipes ou digitalização de processos;
  • Alívio nas despesas de pessoal, contribuindo para o desempenho financeiro.

Por outro lado, analistas alertam para a necessidade de preservar a memória organizacional e garantir uma transição adequada do conhecimento institucional, evitando rupturas no atendimento e na operação dos serviços oferecidos.

A experiência acumulada em programas semelhantes, tanto no setor público como no privado, demonstra que o êxito de medidas como essa depende fortemente da execução bem planejada, aliada ao suporte contínuo aos colaboradores que optarem por se desligar.

Considerações finais

Com a abertura do novo PDV, o Banco do Nordeste adota uma postura preventiva em relação à evolução do seu modelo de negócios e às exigências do setor financeiro atual. A medida busca equilíbrio entre corte de custos e responsabilidade social com os colaboradores, demonstrando foco tanto em resultados quanto na humanização das decisões corporativas.

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