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Fórum mundial de economia circular 2025 promove sustentabilidade na indústria brasileira

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Fórum mundial de economia circular 2025 promove sustentabilidade na indústria brasileira — Fórum mundial de economia circular 2025 em São Paulo destacará sustentabilidade, inovação e reindustrialização sustentável.

O Fórum Mundial de Economia Circular chega à capital paulista em um momento estratégico para a indústria brasileira. Pela primeira vez realizado na América Latina, o evento reunirá especialistas e lideranças globais, destacando o Brasil no cenário internacional da sustentabilidade.

Com programação oficial prevista para os dias 13 e 14 de maio de 2025, o encontro será sediado no Parque Ibirapuera e trará uma agenda centrada na inovação, inclusão e colaboração entre mercados para fortalecer práticas da economia circular.

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Avanços da economia circular na indústria brasileira

Nos últimos anos, a economia circular tem ganhado destaque como uma alternativa concreta à produção linear. Essa transição se baseia na lógica da reutilização, regeneração e compartilhamento de recursos para reduzir o desperdício e prolongar o ciclo de vida dos materiais. No Brasil, esse movimento já começa a se refletir nos dados industriais.

Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (USP) revelou que 85% das indústrias brasileiras já adotam ao menos uma prática ligada à economia circular, como reutilização de água, reaproveitamento de materiais e eficiência energética. Essa estatística reforça o potencial do país em avançar rumo a modelos mais sustentáveis.

Apesar dos avanços, muitos desafios persistem, como a redução da dependência de recursos virgens, o desenvolvimento de tecnologias adequadas à reciclagem complexa e a ampliação de cadeias produtivas integradas. O fórum chega, portanto, como uma oportunidade para acelerar a adoção dessas soluções e impulsionar a cooperação entre setores.

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O impacto global e as oportunidades econômicas

O potencial transformador da economia circular vai além das fronteiras nacionais. De acordo com a consultoria Accenture, a implementação global de práticas circulares pode evitar o consumo de até 8 bilhões de toneladas de recursos naturais até 2030. Além disso, a economia poderia receber um impulso de aproximadamente US$ 4,5 trilhõesnesse mesmo período.

Essas projeções sinalizam uma mudança estratégica para governos, empresas e instituições financeiras. Produtos e serviços projetados para circular mais de uma vez no sistema produtivo passam a gerar valor não apenas ambiental, mas também econômico e social. Em países como o Brasil, com biodiversidade vasta e uma matriz industrial heterogênea, essa virada de chave se mostra promissora.

Durante o WCEF2025, serão debatidas iniciativas voltadas à reindustrialização verde, desenvolvimento local com base em resíduos e incentivo à inovação circular de base tecnológica. Espera-se que tais discussões estimulem novos negócios sustentáveis e oportunidades para micro e pequenas empresas dentro do novo ecossistema.

Destaques da programação e parcerias estratégicas

O evento, promovido anualmente pelo Fundo de Inovação Finlandês (Sitra), é considerado um dos principais do calendário global. Nessa edição histórica em São Paulo, o WCEF contará com a coorganização da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), além do apoio estratégico do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

A programação abordará pilares como:

  • Reindustrialização sustentável
  • Inovação orientada à regeneração de materiais
  • Inclusão social nas cadeias circulares
  • Conexões entre mercados locais e cadeias globais

Para ampliar o alcance das discussões, todas as sessões serão transmitidas ao vivo pela internet mediante inscrição no site oficial do evento. A modalidade presencial será restrita a convidados, fortalecendo o intercâmbio de lideranças do setor público, privado e da academia.

Nos dias 15 e 16 de maio, logo após o evento principal, haverá uma série de sessões de aceleração promovidas por parceiros institucionais. Essas oficinas devem aprofundar o desenvolvimento de projetos sustentáveis e fortalecer redes de colaboração entre organizações.

Perspectivas para o setor produtivo nacional

Nelson Pereira dos Reis, diretor titular do departamento de desenvolvimento sustentável da Fiesp, destaca que a realização do Fórum em solo brasileiro representa um divisor de águas para o protagonismo nacional em sustentabilidade industrial. Segundo ele, o WCEF2025 abrirá novas frentes para a adoção de tecnologias circulares e modelos de negócios regenerativos.

A expectativa é de que o evento promova a disseminação de boas práticas e encoraje a replicação de cases de sucesso por empresas de diferentes portes. Desde grandes indústrias até pequenos empreendedores poderão identificar oportunidades de adaptação dentro da lógica circular, desde que apoiados por políticas públicas eficazes e infraestrutura adequada.

Além disso, adaptar processos à economia circular pode ajudar empresas brasileiras a se manterem competitivas no cenário internacional. Diversos mercados, especialmente na Europa, já implementam legislações que privilegiam produtos com menor impacto ambiental — fator que pode determinar a permanência de exportadores brasileiros em determinados nichos.

Caminho para uma transição justa

Mais do que uma estratégia de mercado, a economia circular carrega também um propósito social. A criação de modelos produtivos regenerativos exige a inclusão de comunidades locais e cooperativas no processo de transformação. Reciclagem, compostagem e reaproveitamento de materiais, muitas vezes feitos por grupos informais, podem ser qualificados e integrados à cadeia formal com ganhos mútuos.

Nesse cenário, o WCEF2025 deve lançar luz sobre mecanismos que garantam uma transição justa, pautada na capacitação da mão de obra, no financiamento de soluções inclusivas e na valorização de saberes tradicionais.

Ao fim, o Fórum Mundial de Economia Circular em São Paulo deve consolidar o Brasil como uma das pontas de lança no redesenho da economia global. Conectando inovação, sustentabilidade e cooperação estratégica, o evento promete marcar uma nova etapa para o desenvolvimento da indústria nacional e da agenda climática mundial.

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