A Oncoclínicas iniciou o ano com um desempenho financeiro negativo. Após registrar lucro de R$ 19,6 milhões no mesmo período do ano anterior, a companhia encerrou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 132 milhões.
A deterioração dos resultados esteve ligada a uma combinação de fatores. Entre eles, a desaceleração da receita e o aumento temporário de despesas impactaram diretamente a rentabilidade da empresa.
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Queda no lucro operacional e margens
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 44,4% no comparativo anual, ficando em R$ 134,3 milhões. Esse recuo expressivo também afetou a margem Ebitda, que encolheu 7,5 pontos percentuais e saiu de 16,5% para 9%.
Segundo a companhia, o desempenho mais fraco reflete mudanças estratégicas no modelo comercial, em especial a decisão de reduzir a exposição a planos e operadoras de saúde com baixa conversão de receita em caixa. Essa postura adotada desde o terceiro trimestre de 2024 comprometeu o ritmo de crescimento da receita ao início de 2025.
Além disso, a empresa ainda enfrentou despesas operacionais mais altas do que o usual devido a efeitos não recorrentes registrados no período. Essas variáveis comprometeram o desempenho operacional mesmo com a receita líquida crescendo 2,4%, alcançando R$ 1,4 bilhão entre janeiro e março.
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Resultado financeiro segue negativo, mas melhora
O resultado financeiro da Oncoclínicas continuou no vermelho, fechando o trimestre com déficit de R$ 148,2 milhões. Apesar disso, o montante representou uma melhora de 22,8% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. A redução nesse prejuízo financeiro bruto indica que a companhia obteve algum avanço no controle de custos relacionados a financiamentos e despesas financeiras.
Entretanto, os ganhos obtidos nessa frente não foram suficientes para neutralizar o impacto da queda operacional. Mesmo com leve crescimento nas receitas, o salto nas despesas, aliado ao desempenho financeiro ainda negativo, consolidou o fechamento do trimestre com prejuízo.
Caixa reduzido e perspectiva desafiadora
Em relação à posição de caixa, a Oncoclínicas encerrou o primeiro trimestre com R$ 1,6 bilhão disponíveis. Embora o volume represente uma boa reserva de liquidez, houve uma redução de cerca de 18% na comparação com o trimestre anterior, o que acende um alerta diante do prejuízo contabilizado.
A combinação entre alta nas despesas, queda da margem operacional e consumo de caixa pressiona as perspectivas futuras da companhia. A depender da manutenção dessas variáveis, novos ajustes estratégicos podem ser necessários para evitar que os resultados de trimestres seguintes repitam a trajetória negativa.
Por fim, com um cenário desafiador em 2025, a Oncoclínicas deverá continuar revendo seu posicionamento frente a operadoras e ajustando o controle de custos. Mesmo com um faturamento ainda em crescimento, o principal desafio será transformar esse desempenho em geração consistente de caixa e rentabilidade.
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