A Dexco iniciou 2025 com um desempenho financeiro mais sólido ao registrar lucro líquido de R$ 58,6 milhões no primeiro trimestre. O resultado representa uma reversão importante diante do prejuízo de R$ 35,1 milhões no mesmo período do ano anterior.
Apesar da leve retração na receita líquida consolidada, a companhia alcançou avanço operacional, refletido principalmente na melhora do seu Ebitda, que cresceu 8% na comparação anual.
O que você vai ler neste artigo:
Reversão do prejuízo e desempenho positivo
O lucro líquido de R$ 58,6 milhões atribuível aos sócios controladores marca uma virada no balanço da Dexco, que havia reportado resultados negativos no primeiro trimestre de 2024. O desempenho favorável é consequência de ajustes estratégicos implementados ao longo do último ano, aumento da eficiência produtiva e melhor controle de custos em meio a um cenário desafiador para o setor de materiais de construção e decoração.
Por outro lado, mesmo com esse avanço, a receita líquida consolidada recuou 1,7%, passando de R$ 1,936 bilhão para R$ 1,902 bilhão. A ligeira queda na receita indica um ambiente de demanda mais contido, possivelmente influenciado por juros ainda elevados ou desaceleração no setor imobiliário.
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Crescimento do Ebitda aponta eficiência operacional
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Dexco registrou R$ 485,7 milhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 8% em comparação aos R$ 449,8 milhões registrados um ano antes. O avanço nesse indicador operacional sinaliza uma maior eficiência na estrutura de custos e melhor desempenho nos negócios centrais da empresa.
Esse incremento também sugere que, embora a receita tenha sofrido leve retração, a companhia conseguiu melhorar margens, destacando-se especialmente nos segmentos com maior valor agregado ou com maior rentabilidade operacional.
Além da eficiência nos gastos, a geração de caixa se mostra consistente, o que aumenta a resiliência da empresa diante de ciclos menos favoráveis de vendas e possibilita novos investimentos planejados para o ano.
Contexto setorial e comparativos relevantes
O desempenho da Dexco ocorre em um contexto no qual grandes companhias também divulgaram seus balanços trimestrais. A Ambev, por exemplo, teve lucro estável de R$ 3,8 bilhões no mesmo período, enquanto a Taesa reportou um aumento expressivo de 34% em sua receita e lucro de R$ 365 milhões.
Esse cenário misto entre os gigantes do setor empresarial brasileiro evidencia o impacto dos diferentes ciclos de mercado nos segmentos em que atuam. No caso da Dexco, sua atuação nos mercados de materiais para construção civil, acabamento e decoração tende a ser mais diretamente impactada por variáveis como crédito imobiliário, consumo das famílias e nível de obras residenciais e comerciais.
Enquanto isso, empresas como Taesa, que atuam no setor elétrico, são influenciadas por outras dinâmicas regulatórias e de concessão, o que explica a diferença nos desempenhos mesmo dentro de um ambiente econômico similar.
Perspectivas para os próximos trimestres
Com o avanço do primeiro trimestre, a Dexco demonstra capacidade de recompor sua rentabilidade, mesmo com um cenário macroeconômico ainda desafiador. A empresa sinaliza foco na consolidação operacional, possível expansão seletiva e atenção aos custos de produção como estratégias centrais para os próximos meses.
A continuidade da recuperação dependerá do comportamento dos juros, da confiança do consumidor e da retomada de investimentos em construção civil e reformas. A empresa também pode se beneficiar de eventuais políticas de incentivo ao setor habitacional ou redução no custo de financiamento para o consumidor final.
A reversão do prejuízo para lucro, junto aos ganhos operacionais evidenciados, reforça uma tendência de reposicionamento da companhia no mercado. As próximas divulgações de desempenho poderão consolidar ainda mais essa trajetória de recuperação.
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