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Petróleo recua mesmo com sanções da UE

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Petróleo recua mesmo com sanções da UE — Petróleo fecha em queda nesta sexta, mesmo com sanções da UE à Rússia. Preços refletem tensões em mercados globais.

Os preços do petróleo apresentaram leve retração, mesmo após o anúncio de novas sanções da União Europeia direcionadas ao petróleo russo. O movimento até tentou ganhar força ao longo do dia, impulsionado por preocupações com a oferta.

No entanto, a pressão exercida por tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia e a resiliência do mercado russo diante das medidas limitaram os ganhos da commodity.

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Fatores que contribuíram para o recuo nos preços

Apesar das sanções da UE aos gasodutos russos e do novo teto para o petróleo do país, os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão com perdas moderadas. O Brent para setembro, negociado na ICE de Londres, recuou 0,35%, fechando a US$ 69,28 por barril. Já o WTI para agosto, comercializado na Nymex, terminou com queda de 0,30%, a US$ 67,34 por barril.

Ao longo da semana, acumularam-se perdas de 1,44% para o Brent e 1,62% para o WTI. Sinais de fragilidade na demanda global e avanços diplomáticos lentos entre economias centrais aumentaram a incerteza, pressionando as cotações para baixo.

Além disso, mesmo com bloqueios e restrições adicionais da UE sobre o petróleo russo, a Rússia continua conseguindo escoar seu óleo bruto a preços superiores aos estipulados pelo G7. Traders ouvidos pelo mercado avaliam que o novo teto dificilmente causará um impacto de grande magnitude nas exportações do país.

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Tensões geopolíticas e oferta no radar

Durante parte desta sexta-feira, os preços chegaram a operar em leve alta. Esse movimento foi explicado por preocupações com possíveis interrupções no fornecimento. Entre os eventos observados com atenção pelos investidores, esteve um ataque com drones a infraestruturas petrolíferas localizadas no Curdistão iraquiano — região estratégica no fornecimento regional de energia.

A escalada de tensões entre Washington e Bruxelas também pesou no ambiente de negócios. De acordo com o jornal Financial Times, o presidente dos EUA, Donald Trump, endureceu as exigências nos diálogos comerciais com a União Europeia, solicitando que qualquer acordo no âmbito da tarifa mínima inclua um patamar de 15% a 20%.

Esse cenário pode não apenas impactar processos industriais e logísticos, como também gerar incertezas nos fluxos de energia entre os dois blocos.

Mercado observa com cautela movimentação da Rússia

O mercado segue atento ao comportamento da Rússia frente às novas restrições. Apesar do endurecimento europeu, Moscou tem contornado boa parte das limitações impostas com rotas alternativas ou linhas paralelas de negociação com países asiáticos e outras nações não alinhadas ao G7.

Naturalmente, essa capacidade de manobra russa contribui para uma menor volatilidade nos preços do barril. Além disso, estima-se que o volume de petróleo russo comercializado fora do Ocidente continue estável, o que ameniza temores de escassez no curto prazo.

Ao mesmo tempo, especialistas apontam que um desdobramento mais agressivo dos embargos ou um conflito prolongado envolvendo campos de exploração pode alterar o equilíbrio atual da oferta mundial.

Elementos técnicos e reações de curto prazo

Embora o panorama geopolítico tenha propulsionado parte das oscilações vistas nesta sexta-feira, o desempenho da commodity também foi influenciado por aspectos técnicos. Parte dos ganhos recentes já demonstrava sinais de esgotamento, levando investidores a realizarem lucros e promoverem uma breve correção de preços.

A movimentação cambial, com o dólar operando de forma estável frente a outras moedas globais, atuou como fator neutro. Seu efeito limitado sobre o petróleo aumentou o peso das questões políticas e da percepção de risco no desempenho da sessão.

Mesmo com as perdas desta sexta-feira, o mercado se mantém atento às movimentações no Oriente Médio e à evolução das sanções. A qualquer nova escalada, impulsos de curtíssimo prazo podem voltar a pressionar as cotações do barril.

Neste cenário, o curto prazo ainda é marcado por incertezas, com os investidores tentando equilibrar variáveis econômicas, políticas e técnicas para fundamentar suas decisões no mercado de energia.

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