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Mercado otimista: dólar pode cair mais neste ano

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Mercado otimista: dólar pode cair mais neste ano — Com mercado otimista, projeções indicam dólar mais baixo em 2023, fortalecendo o real e criando novas oportunidades econômicas.

Com o dólar pressionado no cenário internacional e uma conjuntura fiscal doméstica que inspira mais confiança, o real tem sido favorecido nas negociações cambiais. Investidores seguem reposicionando suas expectativas, o que traz uma apreciação contínua da moeda brasileira.

Impulsionado por fluxo estrangeiro e juros ainda elevados no Brasil, o câmbio local responde positivamente. Mesmo diante de um ambiente global volátil, o otimismo com o real permanece sustentado por fundamentos internos mais sólidos.

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Pressão internacional reduz fôlego do dólar

No mercado global, o dólar tem perdido força diante de uma maior aversão ao risco por parte dos investidores e da possibilidade de cortes de juros nos Estados Unidos. Além disso, dados econômicos mais fracos em grandes economias desenvolvidas favorecem moedas emergentes, como o real brasileiro.

A perspectiva de que o Federal Reserve adote uma postura menos agressiva nos próximos meses tem contribuído para reduzir o interesse por ativos denominados em dólar. Assim, moedas de países que mantêm juros elevados e apresentem alguma estabilidade fiscal ganham destaque no cenário cambial.

Outro fator-chave é a evolução geopolítica global. Tensão reduzida em regiões sensíveis, como Oriente Médio e Europa Oriental, ajuda a acalmar o mercado de câmbio, desviando o foco dos tradicionais portos seguros e contribuindo para a valorização de outras moedas.

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Fundamentais internos sustentam o real

O real se destaca, também, por conta da atual política de juros conduzida pelo Banco Central. Mesmo com os recentes cortes, a taxa Selic ainda permanece em níveis elevados, favorecendo o chamado carry trade — quando investidores buscam rendimento em países com juros mais atraentes.

Além disso, as sinalizações da equipe econômica sobre responsabilidade fiscal e controle do orçamento têm agradado o mercado. A proposta de reduzir gastos e cumprir metas ajudou a reduzir prêmios de risco no câmbio, incentivando uma maior entrada de recursos.

As exportações brasileiras seguem fortes, principalmente nos setores de commodities como soja, minério de ferro e petróleo, que continuam gerando saldo positivo na balança. Esse superávit comercial também tem contribuído para a entrada de dólares no país e fortalecimento do real.

Outro aspecto determinante é o fluxo estrangeiro destinado à bolsa e à renda fixa no Brasil. Com um ambiente mais previsível, investidores internacionais gradualmente aumentam sua exposição ao mercado brasileiro, o que também ajuda no recuo da moeda americana frente ao real.

Projeções para o fim de 2024 indicam dólar mais baixo

Com os fatores internos e externos colaborando, analistas revisam suas projeções para a taxa de câmbio. Já há instituições financeiras que trabalham com a possibilidade de o dólar fechar 2024 abaixo de R$ 4,70, dependendo da manutenção do atual ciclo de estabilidade no campo fiscal e monetário.

Os ajustes vão de encontro a uma expectativa de manutenção da entrada de divisas no país, motivada por uma inflação controlada, juros reais ainda interessantes em comparação com países desenvolvidos e menor percepção de risco político.

Principais projeções do mercado para o dólar no fim de 2024:

Instituição Projeção do dólar (dez/24)
XP Investimentos R$ 4,65
Bradesco R$ 4,70
Itaú Unibanco R$ 4,80
Banco Inter R$ 4,60

Nesse cenário, há uma visão crescente de que o real pode manter um desempenho acima da média entre os pares emergentes, especialmente se o governo continuar caminhando com as reformas estruturantes e oferecendo previsibilidade ao mercado.

Volatilidade ainda pode afetar trajetória da moeda

Apesar do sentimento positivo, o mercado cambial continua sensível a choques, tanto domésticos quanto no exterior. No Brasil, qualquer ruído político pode colocar em dúvida o compromisso com o ajuste das contas e gerar desvalorização do real.

Do lado externo, novos avanços na inflação americana ou uma reprecificação da política do Federal Reserve podem reacender a força do dólar globalmente. Além disso, incertezas ligadas à China — como a retomada econômica ainda irregular — influenciam diretamente o comportamento das commodities e, consequentemente, o câmbio brasileiro.

A eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para o fim do ano, também será um fator de atenção para os investidores e pode introduzir volatilidade adicional ao mercado.

Mesmo diante desses riscos, o real entra no segundo semestre com força renovada. Se as expectativas se confirmarem, a moeda brasileira poderá encerrar o ano de 2024 no seu melhor patamar desde meados de 2021, sinalizando um momento de maior resiliência frente às oscilações globais.

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