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Governador do Rio propõe parceria com a DEA para combate às drogas

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Governador do Rio propõe parceria com a DEA para combate às drogas — Governador do Rio propõe acordo com a DEA dos EUA para fortalecer o combate ao tráfico de drogas e criminalidade.

Durante visita a Nova York, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou uma proposta de cooperação com a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA). O objetivo é fortalecer as ações contra o tráfico de drogas no estado fluminense.

A parceria prevê o compartilhamento de informações e estratégias entre forças de segurança brasileiras e a DEA, conhecida por sua atuação no combate a grandes organizações criminosas internacionais.

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Proposta de cooperação internacional

A proposta foi apresentada por Cláudio Castro na sexta-feira (09), durante um encontro com representantes da DEA, com sede também no Rio de Janeiro. A intenção é firmar um memorando de intenções que permita uma aliança mais técnica e focada na troca de dados estratégicos, investigações conjuntas e no reforço das operações de inteligência.

Segundo o governador, a cooperação com a agência norte-americana representa um avanço para o Rio de Janeiro, que enfrenta desafios constantes relacionados ao narcotráfico. A DEA é reconhecida globalmente por ter feito parte de operações como o desmantelamento do Cartel de Medellín, na Colômbia.

Esse tipo de parceria já ocorre em outros países da América Latina e tem como um dos focos principais a desarticulação de redes internacionais de tráfico, inclusive logísticas de transporte e fornecimento de entorpecentes.

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Combate ao narcotráfico no Rio

O Rio de Janeiro tem enfrentado um crescimento na atuação de facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas. Dados recentes do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que, entre janeiro e março de 2024, foram registradas 6.090 apreensões de drogas no estado — número 5% maior em comparação com o mesmo período anterior.

Em todo ano de 2024, até o momento do anúncio, o total de registros de apreensões alcançou 23.930. Esses números indicam o aumento da presença do tráfico, mas também refletem a intensificação das ações das forças de segurança.

Cláudio Castro reforçou que a presença policial tem sido ampliada em comunidades dominadas por facções, e que o objetivo da parceria com a DEA é elevar o grau de eficácia das investigações e das operações preventivas.

Atribuições da DEA e interesse mútuo

A DEA não atua apenas no campo da investigação. Suas atividades incluem:

  • Prisão de traficantes e desmantelamento de organizações criminosas;
  • Erradicação de plantações utilizadas para produção de entorpecentes;
  • Cooperação com agências internacionais e governos;
  • Controle e fiscalização de substâncias químicas que podem ser usadas na fabricação de drogas ilícitas.

A atuação da agência envolve inteligência de ponta, infiltrações, cruzamento de dados em nível internacional e experiência em combater redes complexas, como rotas integradas de tráfico que atravessam diversos países. Com o Rio sendo ponto estratégico na rota do tráfico sul-americano, o envolvimento da DEA pode agregar investimento técnico, logística, conhecimento e tecnologia para as autoridades brasileiras.

Impactos esperados da cooperação

O memorando de intenções ainda deverá ser formalizado, mas o gesto político reforça uma tentativa de internacionalizar o combate ao narcotráfico no Brasil, sobretudo em regiões dominadas por grupos armados. A previsão é que essa aproximação contribua para:

  • Aumento da troca de informações entre as polícias brasileiras e norte-americanas;
  • Maior rastreamento de recursos financeiros usados por facções;
  • Coordenação de operações simultâneas em diferentes países;
  • Formação de agentes brasileiros com metodologias adotadas pela DEA.

Embora ainda em fase inicial, a parceria tem potencial para aprimorar a atuação integrada dos sistemas de segurança pública do Rio com outros países. Segundo o governo estadual, a ideia é transformar o cenário de confronto direto entre Estado e crime em uma estratégia mais eficaz, técnica e duradoura.

Contexto regional e desafios

O Rio de Janeiro enfrenta um cenário crítico, com milícias e facções disputando territórios, influenciando políticas locais e expandindo suas engrenagens para além do tráfico, como extorsão, contrabando e exploração de serviços clandestinos. A cooperação com a DEA pode também servir como instrumento de apoio na identificação desses vínculos e sua conexão internacional.

Em um momento em que o governo busca maneiras de modernizar a segurança pública, a adoção de protocolos internacionais e maior presença de agências estrangeiras nas investigações pode indicar um novo ciclo de combate às organizações criminosas transnacionais.

Conforme o executivo estadual, o foco principal da parceria será técnico e não intervencionista. O modelo previsto se inspira em experiências já testadas em países como Colômbia, México e Peru, onde a atuação conjunta com a DEA resultou em ganhos nas áreas de inteligência e repressão ao narcotráfico.

Como próximo passo, o governo fluminense deve preparar a minuta do acordo e submeter à apreciação dos órgãos federais, como Ministério da Justiça e Itamaraty, para os trâmites diplomáticos necessários à formalização do memorando com os Estados Unidos.

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