A expectativa de bons resultados para a Petrobras no primeiro trimestre de 2024 ganha força entre analistas. O aumento da produção de petróleo e gás, combinado à estabilidade das cotações internacionais, deve refletir positivamente nos lucros da estatal.
Relatórios de instituições financeiras apontam que a performance operacional da companhia ajudou a compensar as flutuações externas. A divulgação oficial dos números está prevista para os próximos dias e é aguardada com grande interesse pelo mercado.
O que você vai ler neste artigo:
Produção em alta impulsiona desempenho
A Petrobras registrou produção total de 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia no primeiro trimestre, segundo dados da própria empresa. Esse número representa uma alta de 3,7% na comparação anual e foi puxado, principalmente, pelo avanço nos campos do pré-sal.
O volume extraído no pré-sal cresceu quase 10%, atingindo 2,16 milhões de barris diários. O bom desempenho das plataformas P-71, no campo de Itapu, e FPSO Almirante Barroso, em Búzios, contribuiu diretamente para esse crescimento. Além disso, a entrada em operação de novos poços também favoreceu o aumento da produção.
Com isso, a companhia conseguiu reduzir o impacto da leve retração nas margens de exportação, afetadas por ajustes nos preços internacionais do Brent. A estratégia de ampliar a eficiência operacional e manter custos sob controle possibilitou uma compensação expressiva.
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Estimativas de analistas financeiros
De acordo com projeções do Santander, Ativa Investimentos e Genial Investimentos, a Petrobras deve apresentar lucro líquido entre R$ 23 bilhões e R$ 25 bilhões no trimestre. Embora o resultado represente uma ligeira retração em relação ao mesmo período de 2023, ele será favorecido pela maior produção e pelo aumento da exportação de petróleo cru.
Os analistas destacam que a estatal aproveitou os preços ainda elevados do barril de petróleo e elevou os volumes exportados, mesmo com a valorização do real frente ao dólar. O crescimento das exportações, principalmente para a Ásia, contribuiu para mitigar perdas em receitas de derivados no mercado interno.
A Genial, por exemplo, projeta um Ebitda ajustado acima de R$ 60 bilhões, sustentado por menores custos e ganho de escala produtiva. Já o Santander prevê dividendos ainda robustos, com expectativa de distribuição de cerca de R$ 8 bilhões, conforme a nova política de remuneração.
Influência do câmbio e do petróleo Brent
O cenário externo também teve papel relevante para o resultado da Petrobras no início do ano. O preço médio do barril de Brent ficou em torno de US$ 83 durante o primeiro trimestre, representando uma leve queda em relação ao mesmo período do ano anterior. Ainda assim, a cotação foi considerada suficiente para garantir margens satisfatórias nas operações de exportação.
A valorização do real no período, por outro lado, reduziu o valor final obtido em reais pelas vendas externas. Esse fator limitou parcialmente os ganhos da companhia, mas não a ponto de comprometer os resultados gerais.
A estratégia de hedge e o foco em exportações ajudaram a suavizar esses efeitos cambiais. A estatal também aproveitou paradas programadas em refinarias para direcionar parte do petróleo bruto para o mercado externo, onde as margens estavam mais favoráveis.
Expectativas do mercado e próximos passos
Com base nos indicadores operacionais divulgados, o mercado aguarda resultados positivos na divulgação oficial do balanço. Embora a Petrobras enfrente desafios com os preços dos combustíveis no Brasil e eventuais pressões políticas, o desempenho técnico mantém a companhia em trajetória sólida.
Além disso, investidores acompanham de perto o impacto da mudança na política de dividendos da empresa. A nova metodologia, que prioriza investimentos estratégicos e estabilidade financeira, pode afetar o volume de distribuição, mesmo com lucros elevados.
A depender da condução de novos projetos, como investimentos em transição energética e exploração em novas fronteiras, a companhia poderá manter uma posição confortável nos próximos trimestres.
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