A Movida registrou um desempenho financeiro sólido no primeiro trimestre de 2025, impulsionado por forte demanda no setor de locação. O lucro líquido da empresa atingiu R$ 78,5 milhões, representando um avanço de 61,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O crescimento veio ancorado na valorização das tarifas de aluguel, no bom desempenho da terceirização de frota e no controle dos custos operacionais. A empresa também comemorou recordes históricos de receita e diária média.
O que você vai ler neste artigo:
Receita líquida e desempenho operacional
Durante o primeiro trimestre, a receita líquida total da Movida alcançou R$ 3,56 bilhões — um aumento de 18,1% na comparação anual. Desse total, o segmento de locação respondeu por R$ 1,87 bilhão, com uma alta expressiva de 25,7%. A performance positiva refletiu o aumento da diária média e uma frota operacional mais eficaz.
A empresa destacou um aumento de 10% na frota operacional média, que totalizou 228 mil veículos no período, apesar da redução de 11 mil unidades na frota geral, fechada em 257 mil. Isso demonstra maior eficiência no uso dos ativos disponíveis e foco em aumentar a rentabilidade por veículo.
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Aluguel de carros e recorde na diária média
A divisão de aluguel de carros respondeu por R$ 859 milhões em receita líquida entre janeiro e março, com alta de 14,3%. Parte desse avanço veio do crescimento de 21,3% na tarifa média, que atingiu R$ 158 — um valor recorde para a companhia.
Esse resultado reflete a estratégia de reposicionamento de preços adotada pelo CEO Gustavo Moscatelli, com prioridade na recomposição do valor das diárias e maior participação de contratos eventuais, que oferecem margens superiores.
Gestão e terceirização de frota ganham peso
A área de terceirização de frota continua se expandindo e já representa 53% da receita da Movida. No trimestre, essa unidade registrou receita líquida de R$ 993 milhões, crescimento de 37,9% em relação ao mesmo intervalo de 2024.
O avanço foi puxado pelo reajuste de contratos e renovação da frota, elevando a receita mensal por veículo em 20%, para R$ 2.855. A maior alocação de capital nesse segmento é vista como estratégia para manter a previsibilidade de receitas e margens maiores no médio prazo.
Ebitda em alta e controle da alavancagem
O Ebitda da Movida entre janeiro e março foi de R$ 1,338 bilhão, incremento de 26,3% na comparação anual. A margem avançou levemente para 71,2%, refletindo ganhos de eficiência operacional.
Apesar de a dívida líquida ter subido 26,2% no ano, para R$ 15,9 bilhões, a alavancagem líquida caiu. O índice dívida líquida/EBITDA dos últimos 12 meses foi de 3,07 vezes, ante 3,19 vezes do ano anterior — uma melhora explicada pelo crescimento mais acelerado do resultado operacional frente ao endividamento.
Seminovos e foco em liquidez do estoque
No mercado de seminovos, a Movida vendeu 24.784 veículos no trimestre, com alta de 6,6% frente a 2024. O preço médio dos automóveis comercializados ficou em R$ 75,1 mil, recuo de 2,7%, refletindo um mix mais focado em modelos de entrada.
A empresa reforça que o estoque vem sendo readequado para elevar a liquidez. Atualmente, 70% dos veículos em estoque são hatches, contra 51% no mesmo período do ano anterior. Essa mudança visa acelerar o giro de veículos e reduzir pressão sobre margens.
Caminhos para os próximos trimestres
A Movida deve continuar apostando em três frentes: aumento da eficiência operacional, ajuste contínuo nas tarifas e redirecionamento estratégico do portfólio de ativos. A valorização do aluguel eventual, a expansão da terceirização e a reestruturação do mix de carros vendidos mostram alinhamento às condições do mercado e à busca por resultados sustentáveis.
Com crescimento expressivo em áreas-chave e melhora na rentabilidade, a Movida sinaliza um primeiro trimestre robusto, mesmo diante de um cenário econômico desafiador e de maior seletividade nos investimentos.
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