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Ouro recua com movimentos de realização de lucros

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Ouro recua com movimentos de realização de lucros — Ouro encerra em baixa puxado pela realização de lucros, refletindo otimismo em negociações entre EUA e China.

Os contratos futuros de ouro encerraram o pregão desta quarta-feira (07) em baixa. A desvalorização ocorreu diante de uma combinação de fatores, especialmente a realização de lucros por parte de investidores.

O alívio de tensões comerciais entre Estados Unidos e China também contribuiu para a queda, ao reduzir a demanda por ativos considerados mais seguros, como o metal precioso.

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Queda impulsionada por realização de lucros

Após registrar sucessivas altas, o ouro passou a ser alvo de negociações voltadas à realização de ganhos acumulados. O movimento reflete a busca de investidores por capitalizar os lucros recentes, principalmente diante da possibilidade de mudanças no cenário macroeconômico global. Esse comportamento pressionou o preço do metal no mercado internacional.

Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o contrato com vencimento em junho caiu 0,90%, fechando o dia cotado a US$ 3.391,90 por onça-troy. Esse recuo marca uma inflexão no comportamento da commodity, que vinha sendo sustentada pela instabilidade geopolítica e pelas expectativas de juros nos EUA.

Além disso, as declarações recentes do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que apontou incertezas no cenário econômico, mas reiterou que não há pressa para cortes nas taxas de juros, ajudaram a moldar o ambiente de cautela. Mesmo que os juros mais altos reduzam o apelo por ativos que não rendem, como o ouro, a falta de decisões concretas também impede movimentos mais agressivos no mercado.

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Tensão entre EUA e China perde força

Outro fator que colaborou para a desvalorização do ouro foi a sinalização de retomada de negociações entre Estados Unidos e China. Com isso, diminui-se a demanda por ativos de proteção, uma vez que a percepção de risco geopolítico se torna menos acentuada. O ouro, tradicionalmente utilizado como reserva de valor em períodos de tensão, responde diretamente a esse tipo de movimento.

Essa menor procura pelo ativo é típica em momentos em que os investidores acreditam em um horizonte mais estável para as principais economias globais. A possibilidade de avanços diplomáticos entre as duas potências alivia pressões sobre o sistema financeiro global e tende a fortalecer mercados de risco, como bolsas de valores e moedas emergentes.

Influências do Federal Reserve e dos mercados

A política monetária conduzida pelo banco central norte-americano segue como um dos principais vetores de influência sobre os preços do ouro. A manutenção da taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,50% reforça um cenário em que o dólar continua valorizado, o que tende a pressionar os contratos de commodities, cotadas na moeda norte-americana.

Além disso, o mercado financeiro global se movimenta com base em expectativas. Qualquer sinalização do Fed sobre mudanças na política monetária, mesmo que tímida, impacta diretamente o comportamento dos investidores em relação ao ouro. Atualmente, ainda que não haja pressa por cortes, o debate sobre a inflação e seus efeitos nos juros permanece central.

Ao mesmo tempo, o avanço da moeda americana torna o ouro mais caro para compradores que usam outras divisas, reduzindo sua atratividade como investimento internacional. Isso ajuda a explicar o recuo no volume de compras registrado na sessão atual.

Expectativas para os próximos pregões

Nos próximos dias, analistas acompanham a evolução das negociações entre EUA e China, além dos dados econômicos que possam reforçar a trajetória do Federal Reserve sobre os juros americanos. Indicadores que apontem arrefecimento da inflação ou desaceleração econômica nos Estados Unidos poderão reacender a inclinação por cortes, o que impactaria positivamente o metal.

A curto prazo, o ouro pode continuar oscilando, influenciado pelo apetite ao risco e por fatores exógenos, como conflito geopolítico, dados macroeconômicos e variações cambiais. No entanto, caso persistam sinais de estabilidade, principalmente no comércio internacional, a tendência é de consolidação de preços em níveis mais baixos.

Nesse sentido, o comportamento dos investidores seguirá como elemento chave para novas movimentações. A volatilidade pode permanecer alta, mas o viés de curto prazo parece mais inclinado à cautela do que à compra agressiva.

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